Encerrando viagem ao Líbano, Bento 16 pediu que comunidade internacional encontrasse uma solução para a guerra civil na Síria. Em missa ao ar livre, desejou que o Oriente Médio encontre caminho da paz e da reconciliação.
Papa Bento 16 apelou para
que a comunidade internacional encontre "um caminho contra o barulho das
armas" na guerra civil na Síria. Em missa realizada neste domingo (16/09)
em Beirute, no vizinho Líbano, o pontífice lamentou a violência e os
"gritos das viúvas e órfãos" na Síria. Encerrando sua visita ao país,
ele fez, mais uma vez, um apelo pela paz e reconciliação diante de centenas de
milhares de fiéis libaneses e de outros países do Oriente Médio.
Bento 16 chega à orla marítima de Beirute para missa dominical ao ar livre |
Em sua homilia, o Papa
desejou que o Oriente Médio, atormentado pela guerra e outros conflitos, seja
um "servo da paz e da reconciliação". Bento recordou a vocação dos
cristãos de servir à justiça. "Todos devem fazê-lo à sua maneira, onde
quer que se encontrem", lembrou o Sumo Pontífice.
A missa ao ar livre,
realizada na orla marítima na capital libanesa, foi o ponto alto da viagem de
três dias ao país do líder católico de 85 anos. Neste domingo, ele também
apresentou o documento final do Sínodo de Bispos para o Oriente Médio,
afirmando tratar-se de um guia para fortalecer a fé e esperança nas comunidades
cristãs.
Coragem em situação difícil
Cerca de 30 mil jovens
cristãos e muçulmanos saudaram o Papa no sábado em Bkerké, sede do patriarcado
maronita. Bento 16 desejou-lhes coragem diante da situação difícil de sua
região. Ele se dirigiu também aos muçulmanos e aos jovens da Síria. "É
hora de muçulmanos e cristãos se unirem para colocar fim à violência e às
guerras", aconselhou.
Citando os ataques dos
últimos dias contra representações diplomáticas ocidentais em diversos países
islâmicos, o Papa se disse a favor da construção de uma cultura de paz no
Oriente Médio. Ele apelou por um "novo modelo de fraternidade" e pela
condenação de qualquer tipo de violência, que "seja ela física ou verbal,
é um ataque à dignidade humana".
O Sumo Pontífice afirmou que
o Líbano é um modelo a ser seguido, por ser um lugar onde cristãos e muçulmanos
convivem há séculos e onde, muitas vezes, as famílias incluem seguidores das
duas religiões.
"Por que não deveria
ser assim em toda a sociedade?", questionou, durante encontro no palácio
do presidente libanês, Michel Suleiman. O chefe de Estado é o único líder
cristão no Oriente Médio. Ele pertence à Igreja Maronita, uma das maiores e mais
antigas comunidades religiosas no Líbano, que é ligada à Igreja em Roma.
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