Diz-nos
o diretório litúrgico da CNBB para a Igreja no Brasil nas anotações para este
dia:
1. Aos
que visitarem o cemitério e rezarem, mesmo só mentalmente, pelos defuntos,
concede-se uma Indulgência Plenária, só aplicável aos
defuntos: diariamente, do dia 1º ao dia 08 de novembro, nas condições
costumeiras, isto é: confissão sacramental, comunhão eucarística e orações nas
intenções do Sumo Pontífice; nos restantes dias do ano, Indulgência Parcial
(Enchi. Indulgentiarum, n. 13.)
2. Ainda neste dia, em todas as igrejas, oratórios
públicos ou semi-públicos, igualmente lucra-se uma Indulgência Plenária,
só aplicável aos defuntos: a obra se prescreve e é piedosa visitação à Igreja,
durante a qual se deve rezar a Oração dominical e o Símbolo (Pai nosso e
Creio), confissão sacramental, comunhão eucarística e oração na intenção do
Sumo Pontífice (que pode ser um Pai Nosso e Ave Maria, ou qualquer outra oração
conforme inspirar a piedade e devoção.
O Catecismo da Igreja Católica esclarece sobre as Indulgências que
podem ser alcançadas, mas primeiro, entendamos o que são, realmente, as
indulgências:
"Indulgência é a remissão, diante de
Deus, da pena temporal devida aos pecados já perdoados quanto à culpa, que o
fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio
da Igreja, a qual, como dispensadora da redenção, distribui e aplica, com
autoridade, o tesouro das satisfações de Cristo e dos Santos" (Paulo VI,
Const. Apost., Indulgentiarum doctrina, 2)
"A indulgência é
parcial ou plenária, conforme libera parcial ou totalmente da pena devida pelos
pecados (Indulgentiarum Doctrina,2 ). Todos os fiéis podem adquirir
indulgências (...) para si mesmos ou para aplicá-las aos defuntos" (Código
de Direito Canônico, cân 994).
Vejamos
então os textos:
§1479 - Uma vez que os fiéis defuntos em
vias de purificação também são membros da mesma comunhão dos santos, podemos
ajudá-los obtendo para eles indulgências, para libertação das penas temporais
devidas por seus pecados.
§1498 - Pelas indulgências, os fiéis podem
obter para si mesmos e também para as almas do Purgatório, a remissão das penas
temporais, seqüelas dos pecados.
§1032 – A Igreja recomenda também as
esmolas, as indulgências e as obras de penitência em favor dos defuntos...
"Não hesitemos em socorreros que partiram e em oferecer nossas
orações por eles." (S. João Crisóstomo, Hom. In 1Cor 41,5)
§1471 – A doutrina e a prática das
indulgências na Igreja estão estreitamente ligadas aos efeitos do Sacramento da
Penitência.
§1472 - As penas do pecado. Para compreender
esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o pecado tem dupla
conseqüência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e,
consequentemente, nos torna incapazes da vida eterna; esta privação se chama
pena eterna do pecado. Por outro lado, mesmo o pecado venial, acarreta um apego
prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra quer depois
da morte, no estado chamado purgatório. Esta "purificação" liberta da
chamada "pena temporal" do pecado.
Condições para a Indulgência plenária:
1 - Confessar-se e rejeitar todo pecado (uma Confissão
para várias Indulgencias)
2 – Participar da Missa e Comungar com o desejo de receber a
Indulgência (uma Missa e Comunhão para cada indulgência).
3 - Rezar pelo Papa ao menos: um Pai Nosso, Ave Maria e
Glória.
4 – Escolher uma das atividades:
- Via Sacra na igreja diante dos quadros, ou
- Reza do Terço em família diante de um oratório, ou
- Adoração do Santíssimo diante do Sacrário, por meia
hora, ou
- Leitura meditada da Sagrada Escritura por meia hora, ou
- No dia dos Finados, visitar o cemitério e as demais
condições acima.
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